O Vitória SC não saboreia um triunfo há sete partidas.
O Estádio D. Afonso Henriques acolheu, no último sábado, o início da segunda volta da Liga Portugal Betclic para o Vitória SC. Num reencontro com o FC Arouca, a turma minhota pagou caro pela apatia que demonstrou na segunda parte.
Em estreia absoluta no Castelo, Luís Freire, que sucedeu a Daniel Sousa, promoveu duas alterações no xadrez vitoriano. Toni Borevkovic e Zé Carlos renderam Jorge Fernandes e João M. Mendes, respetivamente.
No primeiro quarto de hora, as duas equipas tentaram estabilizar a sua estratégia com bola. Nesse sentido, o dito “jogo jogado” desenrolou-se, maioritariamente, em zonas próximas ao centro do terreno. Portanto, as balizas foram relegadas para segundo plano.
Em ligeiro ascendente no encontro, os vimaranenses, ao minuto 20, abriram as hostilidades. Numa segunda investida após um canto, Tiago Silva cruzou, de trivela, para a pequena área. Sem oposição, Dieu Michel subiu ao segundo andar e cabeceou para o 1-0. O dianteiro canadiano, promovido da equipa B, marcou pelo terceiro jogo seguido.
A reação forasteira surgiu apenas ao minuto 33. O experiente David Simão lançou Guven Yalçin nas costas de Rivas e o turco atirou à figura de Bruno Varela.
Com a ameaça arouquense em mente, os vimaranenses desdobraram-se no ataque. À boleia da irreverência de Nuno Santos e Kaio César, a formação da casa ia causando mossa no adversário. Prova disso foi, ao minuto 36, uma investida do primeiro pela esquerda, que o brasileiro, por pouco, não concluiu.
Quatro minutos depois, inverteram-se os papéis e, também, o resultado. Na asa direita, Kaio trocou as voltas a Weverson Costa e cruzou para junto da pequena-área. De primeira, Nuno Santos rubricou o 2-0.
Ainda antes do intervalo, o conjunto do distrito de Aveiro deu sinais de vida, por Gozálbez e Tiago Esgaio. Estava dado o prefácio relativo à história da segunda parte.
À passagem do minuto 56, os lobos uivaram pela primeira vez em casa do Rei. Numa zona proibitiva, Borevkovic foi desarmado por Tiago Esgaio que, dentro da área, disparou cruzado. O FC Arouca empolgou-se e, aos 64’, Fukui encheu o pé, obrigando o guardião vimaranense a aplicar-se.
A supremacia visitante perdurou e, quando o relógio assinalava 72 minutos, traduziu-se em golo. Na sequência de um canto, Gozálbez trivelou o esférico para a grande área. Com confusão à mistura, Chico Lamba equilibrou as contas.
Até ao último apito de Miguel Nogueira, as duas formações tentaram atingir o tento da vitória. Com mais coração do que cabeça, cada lance de ataque acabou por ser mal decidido.
Em declarações ao ComUM, Luís Freire confessou que a sua equipa teve “mais dificuldades para controlar a profundidade na segunda-parte”. “Tínhamos três jogadores sem grande ritmo de jogo no setor defensivo: o Maga, Toni e Zé Carlos”, justifica. O técnico vimaranense revelou, ainda, que por detrás desse problema “há uma vertente tática, não só controlo emocional e uma coisa associa a outra”.
Com este empate a dois, o Vitória SC falha a aproximação ao Santa Clara, que escorregou horas antes. Na jornada que se avizinha, os conquistadores viajam até ao reduto do Estoril Praia. A partida realizar-se-á no dia 26, às 15h30.