Com alguns dos favoritos a apurar-se facilmente e outros a ficar pelo caminho, a gala conseguiu desconcertar vários corações.

Este sábado, 22 de fevereiro, realizou-se a 1.ª semifinal do Festival da Canção 2025, nos estúdios da RTP. Atuaram dez das 20 músicas em competição para representar Portugal na Eurovisão, que terá lugar em Basileia, na Suíça, em maio. O apuramento de cinco das músicas para a final de dia 8 de março foi feito juntando os votos dos jurados e do público, com um 6.º finalista a ser decidido apenas pelo televoto.

Joana Gomes

O primeiro a atuar foi Xico Gaiato, que trouxe uma performance a condizer com o aditivo ritmo folk de “Ai, Senhor!”. A dinâmica entregue graças ao figurino, a interação com o bailarino e o forte jogo de luzes fizeram com que a não qualificação desta proposta fosse uma das maiores surpresas da noite.

Quanto à atuação da bracarense Rita Sampaio, o staging focado em tons de azul elevou bastante “Voltas”, concedendo ainda mais emoção à música. Ficou no ar uma possível chance de se apurar para a final. A terceira música a pisar o palco foi “Sobre Nós”, de Du Nothing, que conseguiu manter uma performance vocal excelente apesar das movimentações em demasia.

Mesmo tendo uma música que não prometia se destacar muito, o carisma e o timbre do fadista Marco Rodrigues permitiram a transmissão da letra romântica de “A minha casa”. Seguiu-se “Eu sei que o amor”, de Margarida Campelo, com uma atuação segura a assegurar a apreciação de um público mais clássico. Porém, nada previa a qualificação daquela que era vista como sendo a música mais fraca da semifinal.

Em sexto lugar atuou o favorito à vitória do Festival da Canção e o principal responsável pela subida de Portugal para o top 5 das apostas para a Eurovisão. Com “Tristeza”, uma balada potente, o jovem Josh trouxe a atuação mais chocante da noite. Contudo, questiona-se se a ilusão de flutuar em palco realmente funciona, ou se serão necessárias outras mudanças para aumentar o seu impacto.

Os planos de detalhe no começo da atuação de Capital da Bulgária e a voz suave não conseguiram ser suficientes para lhe dar destaque. Mesmo assim, “Lisboa” trouxe uma temática importante para o palco do Festival da Canção, alertando para a dificuldade que os jovens enfrentam ao procurar casa. Relativamente à oitava performance, de Bluay, a atuação foi das mais vulneráveis  da noite, ressaltando a forma como quem se sente como “ninguém” deve abraçar a sua singularidade.

De seguida, Jéssica Pina conseguiu dar vida a “Calafrio”, uma proposta que se distingue pelas influências do Jazz e o uso do trompete. Por fim, surgiu a vez de atuar outro dos favoritos, Peculiar, com “Adamastor”. A força da canção, que mistura influências tradicionais com atuais, tanto no instrumental como na letra, sentiu-se claramente na performance vibrante e que pareceu estar preparada para a Eurovisão. Foi um choque para o público a não apuração na primeira fase de votação.

Apresentado por José Carlos Malato e Jorge Gabriel, com Alexandre Guimarães na green room, o programa continuou com uma atuação de “Umbadá” pela banda Fogo Fogo. Somadas as pontuações do júri e do público, os 5 finalistas foram: Jéssica Pina, Josh, Marco Rodrigues, Bluay e Margarida Campelo. Peculiar venceu a ronda de repescagem do público. A estas seis finalistas juntar-se-ão mais seis, que serão decididas na semifinal do próximo sábado.

Confira todas as músicas que participam no Festival da Canção: