CIM Cávado define apoio a micro e pequenas empresas, mobilidade e educação/formação como três prioridades essenciais do Contrato de Desenvolvimento e Coesão Territorial para a sub-região.

Os concelhos de Amares, Braga, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde, que integram a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado, asseguraram um montante de 133 585 milhões de euros para investimentos a concretizar até 2028. Esse valor provém do Contrato de Desenvolvimento e Coesão Territorial (CDCT) estabelecido com o Programa Regional Norte 2030.

Ontem, durante uma conferência de imprensa, foi apresentado o estado de execução do CDCT. O secretário executivo da CIM Cávado, Rafael Amorim, revelou que já foram apresentadas mais de 100 candidaturas, totalizando um fundo aproximado de 63 milhões de euros. “É expectável que, até ao final do mês de março, haja um valor adicional de fundo comprometido na ordem dos 30 milhões de euros para alcançar os 70% do valor contratualizado com a CIM Cávado na ordem dos 93 milhões de euros em 2025”, declara.

No âmbito do CDCT, a própria CIM do Cávado vai investir 13 milhões de euros em projetos intermunicipais ou conexos com o Norte 2030. Privilegia, assim, o apoio a micro e pequenas empresas, a mobilidade e a educação/formação.

O sistema de incentivos de base territorial conta com um montante superior a quatro milhões de euros para estimular o investimento de micro e pequenas empresas. Para a primeira fase, que termina este mês, foi alocada uma verba de aproximadamente 2,5 milhões de euros, que será mobilizada por 17 candidaturas.

Em colaboração com a Associação das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA), a CIM do Cávado disponibiliza cerca de 2,4 milhões de euros para, nos próximos anos, fomentar a criação de novos postos de trabalho em empresas e organizações da economia social. Por outro lado, a CIM do Cávado aposta na revitalização do projeto ‘UP Cávado’, com foco na qualificação, empreendedorismo e inclusão, promovendo, em parceria com associações empresariais da sub-região, a formação e a qualificação dos quadros das micro e pequenas empresas, com um investimento 550 mil euros.

Outra das iniciativas para apoiar o tecido económico passa pela internacionalização, nomeadamente com o Brasil e a República Checa, e pelo desenvolvimento de uma ferramenta “inovadora” de análise da competitividade dos diversos municípios do Cávado, em parceria com a Nova Information Management School. “O que se pretende é saber quais são os fatores de atração e de inovação para o nosso território”, explica Rafael Amorim.

Na vertente da formação, a CIM do Cávado tem previstos mais de 700 mil euros para implementar, nas escolas, o projeto PIPSE, que visa a promoção do sucesso educativo. Esse plano engloba o planeamento, a capacitação das comunidades educativas e a monitorização e avaliação dos projetos municipais.

Relativamente à mobilidade, a CIM do Cávado, em parceria com a Associação Quadrilátero Urbano e a Câmara Municipal de Braga, vai promover estudos de oferta e procura. A isso, juntam-se iniciativas de capacitação e de ‘benchmarking’, contando com um milhão de euros.

Adicionalmente, serão investidos 400 mil euros na instalação de 79 ‘displays’ digitais com informação interativa e em tempo real sobre a energia solar. A medida vai ser concretizada nas paragens de transporte públicos em toda a sub-região.