Rui Vieira de Castro expressa o seu pesar pelo facto dos 110 ME que o Governo irá distribuir às unidades de pesquisa não possam ser aplicados em equipamentos de maior capacidade, para uso global.
Os 110 milhões de euros destinados à pesquisa científica estão incluídos na proposta de reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentada pelo Governo português à Comissão Europeia. Em particular, esta verba será alocada para “reequipar unidades de investigação e infraestruturas científicas”. Ainda não se conhecem os critérios para a divisão deste dinheiro entre os centros de pesquisa.
“O meu lamento é que não pudéssemos encarar esse financiamento de um modo que fosse mais rentável para o nosso sistema científico, permitindo a aquisição de equipamentos de maior envergadura que pudessem ser de utilização transversal, não só dentro das instituições, como também entre instituições”, destacou o reitor. Em relação aos recursos que serão disponibilizados através de um programa específico da CCDR-N, Rui Vieira de Castro “gostaria muito que a universidade fosse capaz de uma resposta integrada”. “Não estaria muito disponível para uma operação de regateio pelas nossas várias unidades daquilo que vier a ser a dotação que caberá à Universidade do Minho“, adicionou.
O reitor assegura que fará o possível para “que este financiamento tenha uma apropriação e uma utilização estratégica. “No caso da UMinho, será um dinheiro que não será utilizado para distribuir por toda a instituição, por todas as unidades, há de ser para investir em equipamentos que sejam de utilização transversal às nossas unidades”, destacou. O encarregado deseja promover uma “maior articulação interna e de definição institucional estratégica própria para fazer face àquilo que podem vir a ser as oportunidades”.