A edição especial do sexto álbum de estúdio de Sabrina Carpenter chegou às plataformas de streaming no Dia dos Namorados e fez os seus fãs apaixonarem-se (ainda mais) pelo disco.
Se o público achava que a artista de 25 anos já tinha dado tudo o que tinha a dar nesta era, estava enganado. Foi na segunda-feira posterior à cerimónia dos Grammy Awards que Carpenter anunciou uma edição especial do seu mais recente álbum, onde estariam presentes cinco faixas novas.
A primeira música que inaugura este leque de novidades é “15 Minutes”, canção onde a autora utiliza a sua ironia e humor com duplos sentidos. É um boost de energia que surge a partir de uma guitarra eletrizante e uma produção synth-pop que lhe confere uma energia contagiante. Um pouco como “Juno”, uma das músicas originais do disco, a vibração é notável e em algumas partes chegam mesmo a assemelhar-se.
Passando rapidamente do pop para o country, Dolly Parton canta com Sabrina uma nova versão de “Please Please Please”, desta vez com arranjos mais “rurais” devido ao género novo que esta colaboração adquire. Apesar de ser uma bonita transformação, a produção peca diversas vezes. Uma delas é a desnecessária adição de mugidos ao longo da canção. É percetível que a intenção é torná-la o mais country possível, mas o resultado fica aquém do esperado. Também a combinação das vozes de ambas nem sempre é a mais agradável, talvez pela velocidade com que Parton interpreta os seus versos. Um ritmo mais lento poderia ter conferido uma atmosfera diferente ao single.
“Couldn’t Make It Any Harder” é a terceira música e a mais melancólica desta nova edição. A faixa é mais lenta e completamente focada numa letra mais profunda e sentimentalista. “But I couldn’t make it any harder to love me” (“Mas eu não podia ter tornado mais difícil alguém me amar.”) é o refrão deste poema cantado, onde é abordada a indisponibilidade emocional de embarcar numa nova relação devido ao cansaço trazido por amores antigos. Tal como alguns internautas notaram, a semelhança com a icónica “Hopelessly Devoted To You” é inegável, o que torna esta balada ainda mais deliciosa de ser saboreada.
Eis que surge a mais original canção deste deluxe: “Busy Woman” traz algumas novidades, como um “coro” robótico, que fomenta um clima oitentista. Recupera-se, assim, a batida alegre e remexida no álbum. “If you don’t want me, I’ll just deem you gay” (“Se tu não me quiseres, vou assumir que és gay”) atesta mais uma vez o humor afiado de Carpenter.
Por fim, ouvimos “Bad Reviews”, a “irmã” de “Slim Pickins” pela sua semelhança. A cantora decide terminar o Short n’ Sweet (Deluxe) num tom mais reflexivo e autocrítico. Sabrina diz que apesar de todas as críticas e conselhos ouvidos, a mesma escolherá dar uma oportunidade ao rapaz que ouviu ser mal considerado. A parte final da música acrescenta um brilho adicional a esta obra. Ainda assim, não soa a algo fresco.
Ao ouvir estas cinco músicas, percebemos o porquê de parte delas não ter chegado à versão original do Short n’ Sweet: existe uma semelhança com outras faixas já presentes na tracklist inicial. Contudo, cada uma tem o seu diferencial, tornando-as especiais e merecedoras de serem ouvidas. Sendo a maioria destas canções num registo country, a artista faz o público prever que o género da próxima era poderá ser esse mesmo. Independentemente do estilo escolhido, esperamos que o resultado seja tão doce como o Short n’ Sweet (Deluxe).
Artista: Sabrina Carpenter
Álbum: Short n`Sweet (Deluxe)
Editora: Island Records
Lançamento: 14 de fevereiro de 2025