O alinhamento contou com atuações que facilmente abalaram os telespectadores, tanto por artistas mais conhecidos como em ascenção.
Este sábado, 1 de março, foram decididos os últimos seis finalistas do Festival da Canção 2025. A 2.ª semifinal trouxe algumas das performances mais surpreendentes do concurso. Tal como no sábado anterior, cinco músicas foram apuradas para a final tanto pelo júri como pelo televoto, enquanto o sexto finalista foi decidido apenas pelo público.
A primeira artista a subir a palco foi A Cantadeira, com uma performance promissora que começou por dar ênfase ao tom vermelho do figurino. Acompanhada por um coro de quatro mulheres e instrumentos como o adufe e a gaita de foles, a performance de “Responso à Mulher” esteve em linha com o ritmo e o significado da música. Quanto à interpretação de “Á-Tê-Xis”, por Tota, sentiu-se um enorme dinamismo que relembrou um filme de Charlie Chaplin, numa analogia entre a era industrial e a digital, objeto de crítica social na letra.
Num ambiente que trouxe a festa ao festival, os bombazine apresentaram “Apago Tudo”. A quarta a atuar foi Emmy Curl, segundo lugar no festival de 2018. Desta vez, a artista transmontana trouxe uma canção da sua autoria, “Rapsódia da Paz”, que, por misturar vários elementos -incluindo palavras em mirandês no início e uma homenagem ao irmão – deixava algum receio quanto ao bom funcionamento da atuação ao vivo. Curl fez-se acompanhar por duas bailarinas numa atuação com uma atmosfera diferente e mágica.
Inês Marques Lucas apresentou “Quantos Queres” com o desenrolar de uma história com foco na letra. Bastante dinâmica, a atuação deixou a desejar uma possível qualificação. Por sua vez, Fernando Daniel elevou “Medo” em palco ao utilizar um cenário distinto, para além de um instrumental e voz ainda mais fortes do que na versão estúdio. O cantor começou a atuação num plano mais intimista, a escrever uma carta, levantando-se e juntando-se a uma banda no final. Ficou em aberto uma provável vitória.
A performance de Luca Argel, acompanhado pelo acordeão de Pri Azevedo, ficou abafada depois da anterior. Sendo a música mais calma da noite, “Quem Foi?”, destacou-se apenas pela letra e os holofotes de luz amarela e branca. De seguida, foi a vez de os madeirenses NAPA apresentarem aquela que já é a música mais ouvida entre as concorrentes, “Deslocado”. O staging não impressionou muito, tendo sido uma escolha muito segura por parte da banda. Porém, a voz do vocalista foi idêntica à da versão estúdio.
Seguiu-se Diana Vilarinho e “Cotovia”, outra das revelações da noite. A homenagem às vozes das mulheres afegãs, e não só, notou-se na performance, com bailarinas vestidas de negro a confundirem-se com o fundo. Diana, em destaque, manteve uma prestação vocal perfeita. Por fim, Henka atuou “I Wanna Destroy U”, a única canção em inglês em competição. A artista portuense, a viver no Reino Unido, trouxe a proposta mais alternativa, com uma atuação vibrante que chocou o público.
O programa, apresentado pela dupla Sónia Araújo e Tânia Ribas de Oliveira, contou, ainda, com um throwback ao primeiro festival da canção em liberdade. Houve, também, a presença de Victoria Nicole, que conquistou por Portugal o segundo lugar na Eurovisão Júnior de 2024.
Os primeiros cinco finalistas da noite foram NAPA, Diana Vilarinho, Fernando Daniel, Bombazine e Emmy Curl. Henka foi repescada pelo televoto depois de uma nova ronda de votação. Estes seis finalistas juntam-se a Jéssica Pina, JOSH, Marco Rodrigues, Bluay, Margarida Campelo e Peculiar na grande final de 8 de março. O vencedor representará Portugal no Festival Eurovisão da Canção em maio, na Basileia, Suiça.