O terceiro álbum de Tate McRae, So Close to What, representa um marco significativo na evolução da jovem artista canadiana de 21 anos. Este trabalho reflete a sua evolução artística, consolidando-a como uma das principais vozes do pop contemporâneo.

Charlie Denis

O álbum flui através de várias influências do pop do início dos anos 2000, relembrando artistas como Britney Spears e Christina Aguilera, mas mantendo um toque moderno. Apesar da voz distintiva da artista e da intensidade emocional das letras, o projeto levanta algumas questões sobre originalidade e identidade sonora.

A produção de So Close to What é, sem dúvida, um dos seus pontos altos. McRae colabora com nomes de peso na indústria. O álbum abraça fortemente um som pop sensual e dançante, alinhado a tendências recentes, mas sem perder a influência do pop mainstream do início dos anos 2000. Porém, ao longo do disco, algumas músicas soam previsíveis, como se tivéssemos a sensação de que já ouvimos algo semelhante anteriormente.

Liricamente, So Close to What explora relacionamentos, desejo e autodescoberta. McRae canta sobre amor, confusão emocional e independência, muitas vezes com um tom de vulnerabilidade misturado a uma postura confiante. Porém, comparado a outras artistas pop, a cantora parece apoiar-se mais na estética do que na profundidade emocional.

Um dos principais pontos de crítica a So Close to What é a falta de uma identidade completamente distinta. McRae inspira-se em várias tendências e referências bem-sucedidas do pop, mas, em alguns momentos, parece hesitante em definir um som verdadeiramente seu.

Apesar da voz ser marcante, o álbum não arrisca tanto quanto poderia para diferenciar Tate McRae das demais artistas do gênero. No entanto, é inegável que a cantora tem potencial e vem construindo uma carreira promissora.