O clube minhoto adicionou uma segunda WSE Champions League ao seu palmarés.

A final da WSE Champions League jogou-se na tarde do último domingo. Em solo português, num duelo 100% luso, OC Barcelos e FC Porto levaram a decisão até à última gota de suor.

Em Matosinhos, no Centro de Desportos e Congressos, o técnico Rui Neto manteve intacto o cinco inicial que bateu o CE Noia por 3-1 na meia-final. Alinharam Conti Acevedo, Rampulla, Luís Querido, Pol Manrubia e Miguel Rocha.

Com um autêntico show a apadrinhar a entrada das duas equipas na pista, estavam reunidos os ingredientes para uma final onde imperasse a boa prática da modalidade. A jogar perto de casa (recorde-se que cerca de dez quilómetros separam Matosinhos do Porto), os dragões entraram por cima. Aos cinco minutos, a meia distância de Edu Lamas obrigou Conti Acevedo a uma intervenção vistosa.

O ritmo de jogo desceu exponencialmente e os protagonistas afastaram-se de terrenos contíguos às balizas. À passagem do minuto 17, sem que nada o fizesse prever, o FC Porto deu um passo à frente no marcador. O espanhol Edu Lamas rompeu pela esquerda e cruzou a meia altura para a grande área. Com o faro de golo bem apurado, Carlo Di Benedetto apareceu na hora h para corresponder com êxito (0-1).

Apesar de uma resposta tímida de Chambella, foram os portuenses que estiveram à beira de marcar. E por duas vezes. Aos 20 e 21, Rafa e Hélder Nunes, com o último a atirar à barra, estremeceram os alicerces minhotos.

Naturalmente, o timoneiro barcelense usufruiu de um timeout para reorganizar as peças. Por pouco, a pausa ia dando frutos para os óquistas. Quando o relógio assinalava 23 minutos, Xavier Malián travou as intenções de golo a Rampulla. Assim, o encontro titânico foi para intervalo sob liderança azul e branca.

No início da segunda-parte, o OC Barcelos dispôs de uma ocasião soberana para empatar. Ainda nem dois minutos de jogo estavam cumpridos e o guarda-redes portista sacudiu um livre-direto de Miguel Rocha. Instantes depois, em power play, o dianteiro minhoto redimiu-se e anotou o 1-1 com um remate cruzado que levava selo de golo.

O duelo espevitou e os dois conjuntos imprimiram crença e esforço na pista. Contudo, as balizas ficaram em segundo plano.

Já dentro do último minuto, Miguel Rocha teve, no seu stick, a oportunidade de ser herói. Para desespero das gentes de Barcelos, Xavier Malián impediu que a bola perfurasse as suas redes. O prolongamento foi acionado para se encontrar o vencedor.

A etapa complementar passou pelos pingos da chuva. Dos dois lados, reinou a desinspiração total no último terço. Devido à igualdade persistente, tudo foi decidido nos penaltis.

À imagem do que tem acontecido ao longo da época, Conti Acevedo vestiu a capa de herói minhoto. O guardião argentino bloqueou as grandes penalidades batidas pelos dragões. Para os barcelenses, Pedro Silva e Luís Querido não desiludiram.

Depois de 34 anos, o OC Barcelos tornou a erguer a WSE Champions League. Com o estatuto de campeão europeu, os óquistas redirecionam atenções no campeonato, onde vão defrontar a UD Oliveirense. O embate vai decorrer no dia 17, com arranque às 22h.