O Seminário convida a refletir sobre o presente, futuro e soluções para este fenómeno a nível local.
A 9º edição do seminário adapt.local acolheu decisores políticos, técnicos municipais, investigadores e outros agentes, esta quarta-feira, no Forum Braga. O objetivo é promover o debate sobre o estado atual das alterações climáticas e projetar soluções futuras locais.
O vereador do Ambiente da Câmara de Braga, Altino Bessa, sublinha a criação da Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas. O documento é fruto da partilha de soluções sugeridas no distrito de Braga.
O autarca destaca a renaturalização dos rios Este, Ribeira de Castro, Rio Torto e Cávado assim como a valorização de zonas mais acentuadas como o Monte do Picoto, onde explica terem sido plantadas mais de cinco mil árvores. Altino Bessa salienta também os investimentos na construção de um Eco Parque do Rio Este, na Zona Bosch. “Terá 12 hectares e um investimento de cerca de 2,8 milhões de euros, contribuindo para a mitigação dos riscos de cheias e para a melhoria da qualidade ambiental do concelho”, acrescenta.
Vítor Aleixo, presidente da direção da rede de municípios e presidente da Câmara de Loulé, enfatiza que a justiça climática é o foco da discussão para “compatibilizar as boas políticas ambientais com a justiça social”. O responsável da ClimAdaPT.Local faz uma avaliação positiva desta edição, sublinhado que “todos os municípios em Portugal têm boas práticas de adaptação das suas comunidades e dos territórios à mudança do clima”. Reconhece, contudo, que existe um caminho a percorrer que carece de investimentos para “regular os fenómenos extremos do clima, que trazem incêndios incontroláveis, cheias muito destrutivas, doenças novas que eram típicas de países tropicais”.
A iniciativa que celebra uma década de existência é pioneira na mobilização dos municípios portugueses para a ação climática a nível local. O responsável alerta que os “desafios são enormes”.


