Os minhotos venceram o SL Benfica e seguem para a última fase da competição.
As bancadas do Pavilhão Municipal de Barcelos encheram-se no início da noite do passado sábado, 7 de junho, para assistirem ao duelo que colocou frente-a-frente o OC Barcelos e o SL Benfica. Os caseiros, que já vinham de uma vantagem de 2-1 no Play-off, souberam gerir bem os momentos de inferioridade numérica e acabaram o quarto jogo com a sua presença assegurada na final do Campeonato Placard.
O encontro prometeu, desde os primeiros instantes, ser um dos mais eletrizantes da época. A precisarem de vencer no Minho para forçarem o jogo 5 e manterem vivo o sonho de disputar a final, os lisboetas entraram melhor e fizeram questão de materializar essa superioridade. João Rodrigues abriu o marcador quando o cronómetro ainda não marcava um minuto completo e, seis minutos depois, Roberto Di Benedetto duplicou a vantagem para as águias.
A turma de Rui Neto sabia que precisava de contrariar esta superioridade e conseguiu fazê-lo instantaneamente. No minuto oito, Pol Manrubia faturou, voltando a abrir o jogo e colocando os encarnados com pressão redobrada. Os galos foram crescendo no jogo e apertando o cerco à baliza de Pedro Henriques. O guardião encarnado esteve em boa forma e negou quase tudo, mantendo as águias vivas no duelo.
Ainda durante a primeira metade, houve espaço para um momento um tanto quanto insólito. A jogar com mais um jogador, a formação da casa introduziu a bola dentro da baliza, por intermédio de Danilo Rampulla. Com Pedro Henriques já fora do lance, Nil Roca foi o mais rápido a reagir, aliviando o esférico. A equipa de arbitragem não conseguiu avaliar o lance, não tendo sido válido o restabelecimento da igualdade. À entrada para os balneários, os encarnados venciam pela margem mínima.
No reatamento, o OC Barcelos entrou com a lição estudada e projetaram, ainda mais, o seu caudal ofensivo. Miguel Rocha voltou a empatar a partida, aos 33 minutos, e Luís Querido consumou a cambalhota no marcador, numa altura em que a sua equipa jogava com menos um.
Instantaneamente, a igualdade voltou. Roberto Di Benedetto recebeu bem e não se fez rogado. A partir desse momento, o SL Benfica, a jogar com mais uma unidade, carregou a baliza de Conti Azevedo, porém sem qualquer capacidade para faturar.
Com o cronómetro a aproximar-se do final, a partida começou a escaldar. Nil Roca deu a vantagem aos lisboetas, Miguel Rocha desfê-la imediatamente e Luís Querido inverteu, novamente, o placar, a favor da equipa da casa. Um final de jogo um tanto quanto imprevisível que ia sorrindo aos galos.
Eduard Castro percebeu que precisava urgentemente de empatar o jogo para forçar um possível prolongamento e decidiu prescindir do seu guardião Pedro Henriques, lançando mais um jogador de campo, arriscando um 5×4. A verdade é que a tática não resultou e quem acabou a sorrir foi Miguel Rocha, aproveitando para anotar o último tento do jogo, num tiro de baliza a baliza. Pouco depois, Miguel Guilherme apitou pela última vez, fechando, desta forma, o resultado final em 6×4.
Com esta vitória, o OC Barcelos levou a melhor em três dos quatro jogos disputados nas meias-finais, vencendo a eliminatória e eliminando os líderes da competição na Fase Regular. Desta forma, os pupilos de Rui Neto carimbam a presença na final do Campeonato Placard, pela primeira vez na sua história desde a implementação do formato de Play-off.