O OC Barcelos entrou com o patim esquerdo na final do campeonato.
O oitavo round da época entre o FC Porto e o OC Barcelos desenrolou-se no jogo um da final do Campeonato Placard. A turma minhota foi penalizada pelas várias desconcentrações defensivas.
No Dragão Arena, as bancadas, que estavam praticamente à pinha, embalaram o FC Porto para um início dominador. Cinco minutos bastaram para os dragões desbloquearem o placar. No centro do terreno, Edu Lamas aproveitou um corte defeituoso de Miguel Rocha para tabelar com Gonçalo Alves. Dentro da área, o dianteiro portista cruzou para Carlo Di Benedetto, que picou a bola para o 1-0.
O OC Barcelos não tardou a equilibrar a balança. Dois minutos depois do golo consentido, Danilo Rampulla fugiu pela asa esquerda e cruzou para o segundo poste. Em pezinhos de lã, Pol Manrubia não desperdiçou.
A ânsia de marcar não se extinguiu em nenhum dos lados e o jogo não perdeu intensidade. À boca das duas balizas, quer caseiros, quer forasteiros, precipitavam-se na hora da decisão.
À passagem do minuto 17, os locais recolocaram-se na frente. O polivalente, Telmo Pinto, sem oposição, ganhou metros no terreno e combinou com Hélder Nunes, que lhe devolveu a gentileza. Descaído para a direita na área, o camisola 5 engatilhou, de primeira, um míssil para o fundo das redes (2-1).
Quando o relógio cronometrava 21 minutos, o avançado Rampulla, à lei da bomba, deixou tudo nivelado até ao intervalo. Num contra-ataque mortífero, o argentino não pediu licença e, do meio da rua, adicionou o seu nome à lista de marcadores. Com o 2-2 no final da primeira parte, estava aberto o apetite para uma etapa complementar frenética.
Os primeiros minutos da segunda metade foram do 80 ao oito para os óquistas. Aos quatro, Ezequiel Mena foi sancionado com o cartão azul. No consequente livre-direto, Miguel Rocha exibiu pontaria a mais, não acertando no alvo.
Se não houve golo numa baliza, houve na outra. Aos seis minutos, Hélder Nunes isolou, com um passe diagonal, Telmo Pinto. No um para um com Conti Acevedo, o atleta de 32 anos assinou o bis (3-2).
A turma de Rui Neto correu atrás do prejuízo e, aos 12’, deu sinais de vida. O remate de Pedro Silva, proveniente do lado esquerdo, foi suficiente para semear o pânico na defensiva caseira. Com faro de golo bem apurado, Miguel Rocha não perdoou e fez o 3-3. Graças a este tento, o capicua 44 atingiu a marca dos 80 golos, naquela que é a época mais produtiva da sua carreira.
Num sinal cintilante, o conjunto da Invicta assinou, aos 15’, uma triangulação com pompa e circunstância. No meio, Gonçalo Alves descobriu Ezequiel Mena à direita. O argentino entregou a Rafa que, solto de marcação, rubricou o 4-3.
Na reta final, o timoneiro, Rui Neto, colocou a carne toda no assador. Em desespero, subtraiu o guardião, Conti Acevedo, das contas e adicionou um jogador de campo, completando a sua estratégia com cinco unidades ofensivas. Contudo, os da casa conservaram, com unhas e dentes, a vantagem mínima.
Devido a este desaire, o OC Barcelos entra da pior forma na final do campeonato. Na próxima quarta-feira, 18 de junho, às 21h, os minhotos reencontram o FC Porto no segundo jogo da “finalíssima”.


