A base do modelo centra-se na “regra dos três simples” e valoriza a “clareza e simplicidade” da averiguação dos resultados.
Paulo Alexandre Pereira, professor da Escola de Ciências da Universidade do Minho, propõe uma abordagem alternativa à análise dos resultados das sondagens. Com o aproximar das eleições autárquicas, o docente sugere um método de cálculos simples que asseguram maior transparência com o eleitorado.
A proposta, elaborada com base num estudo da Universidade Católica sobre as suas próprias sondagens, tem como base a “regra dos três simples” e prevê a redistribuição proporcional das intenções diretas de voto. Segundo a instituição, num universo de 7.018 pessoas contactadas, apenas 1.741 – cerca de 25% – participaram e responderam ao questionário até ao fim.
Segundo o matemático da UMinho, “a margem de erro deve ser calculada com base nas 1.372 entrevistas válidas utilizadas na estimativa final e não nas 1.741 respostas totais”, aproximando-se do apuramento oficial da Comissão Nacional de Eleições. Pedro Alexandre Pereira sugere também que não sejam tidos em conta os inquiridos que não têm a certeza se vão votar.
O docente entende que a má interpretação das sondagens se deve ao elevado grau de “iliteracia” do eleitorado e da leitura errada que os órgãos de comunicação promovem. Pedro Alexandre Pereira não considera superior o modelo que propõe, mas valoriza a sua clareza e simplicidade.


