A obra Ilusão de amor à Espanhola de Elena Armas é um romance, marcado de clichés é certo, mas com a quantidade perfeita de imperfeições. Este livro apresenta-nos um amor, construído na mentira, mas que nunca duvidaríamos se fosse real.

The Bookseller

Lina é espanhola, barulhenta, colorida, fala rápido e é intensa: no amor e no trabalho – “Nunca precisaste de que alguém travasse as tuas batalhas, Catalina”. Aaron é alto, charmoso e tem olhos azuis – “de um azul que lembrava as profundezas do oceano, onde tudo é frio e letal.” Segundo a Lina, ele é também um robô viciado no trabalho.

Os dois estão longe de se dar bem. No entanto, quando Lina se vê desesperada para encontrar alguém que a acompanhe ao casamento da irmã, do outro lado do oceano, Aaron não hesita em oferecer a sua ajuda. Que Lina recusa, imediatamente.

Ela continua a recusar e Aaron a lembra-lhe que a pode ajudar. Catalina acaba por ceder e os dois embarcam numa aventura em direção a Espanha. Em terreno castelhano ambos têm de fingir estar apaixonados um pelo outro, em frente à família de Lina, O clã Martín, à frente dos antigos amigos de Lina e à frente do seu ex-namorado. O único sítio onde podem deixar de fingir é no quarto que ambos têm de partilhar durante a estadia.

Problemas continuam a aparecer, quer num lado do oceano, quer em outro. Lina já não sabe se quer ficar sem o Aaron e Aaron têm a certeza que não, quer perder Lina.

“Acho que não era capaz de te negar o que quer de fosse se mo pedisses, Catalina”

A linha entre o acordo e o real começa a ficar muito ténue e Catalina não se consegue decidir.

“Quando eu finalmente te beijar, não haverá na tua mente nenhuma dúvida do que é real.”

A história desenvolve-se de forma lenta, alimentando o desejo de quem lê com pequenas interações, deixando-o completamente viciado. É uma pena não podermos acompanhar o casal por mais tempo depois do seu regresso de Espanha.