Homem do jogo:

Guilherme Schettine – A boa forma do Moreirense FC deve-se, em parte, à veia goleadora do brasileiro. Depois de ter decidido o jogo nos Açores, repetiu a façanha nesta partida. Em dois minutos, o avançado de 29 anos dizimou, por duas vezes, a defensiva vitoriana. Por um triz, não saiu do dérbi minhoto com um hattrick. De pé quente, lidera a lista de melhores marcadores do campeonato com quatro tentos em três jogos.

 

Em cima:

Afonso Assis – No meio dos graúdos, o miúdo foi adulto. Lançado ao intervalo para o lugar de Lawrence Ofori, o médio de 19 anos acrescentou critério à fase de construção cónega. Além disso, os dois golos nasceram do seu pé esquerdo. Com visão de jogo e maturidade acima da média, reclama por mais minutos de jogo.

Caio Secco – Após a saída de Kewin Silva, que foi dono e senhor da baliza axadrezada nas últimas cinco épocas, assumiu o posto. Até agora, tem cumprido a sua função. Neste encontro, quando foi chamado a intervir, respondeu à altura. Ao minuto 64, voou para negar um golo de bandeja a Tiago Silva.

Telmo Arcanjo – À passagem do minuto 57, saltou do banco para inverter o rumo dos acontecimentos. O extremo cabo-verdiano tentou, através da sua irreverência e imprevisibilidade, desfazer o nó ofensivo da equipa. Apesar de não o ter conseguido, protagonizou alguns lampejos de qualidade.

 

Em baixo:

Miguel Maga – O defesa-direito de 22 anos teve uma prestação para esquecer. A desempenhar a função de defesa-central pela direita, acumulou erros de principiante. Um deles foi fatal. No lance do segundo golo caseiro, deixou-se ultrapassar com relativa facilidade por Kiko Bondoso.

Organização defensiva do Vitória SC – A chegada de Luís Pinto ao Castelo trouxe consigo uma mudança de sistema para o 3x4x3. Em momento defensivo, o clube da Cidade-Berço defende com cinco elementos. Aos centrais Miguel Maga, Miguel Nóbrega e Rodrigo Abascal juntam-se os alas direito e esquerdo, Vando Félix e João Mendes, respetivamente. Mesmo utilizando mais homens na manobra defensiva, os vitorianos são muito permissivos. Além de variadíssimos erros posicionais, não há entrosamento entre os atletas. Prova disso são os sete golos sofridos em somente três jogos. É um aspeto a rever pela equipa técnica.