Na noite deste domingo, 28 de setembro, o Coliseu dos Recreios abriu portas ao talento nacional pela 29.ª vez para premiar a arte portuguesa. Calum Scott iniciou a cerimónia com uma atuação protagonista ao som de um dos seus célebres temas, You Are The Reason. A elegante entrada da anfitriã da noite, a jornalista, Clara de Sousa, preencheu o começo da gala do ano.

A orquestra, dirigida por Nuno Feist, acompanhou a entrega de cada prémio da noite com versões instrumentais de músicas portuguesas muito conhecidas. A primeira categoria premiada foi o cinema, e para entregar o globo de melhor atriz, subiram ao palco Claúdia Vieira e Afonso Pimentel. Joana Santos foi a vencedora do prémio, com o filme, On Falling, protagonizando um dos discursos mais marcantes da noite, ao destacar Gaza e o povo que “luta apenas pelo direito de viver”. Afinal o que seria a arte sem a mensagem.

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O prémio de Melhor Ator, entregue por Diana Chaves e Ricardo Pereira, foi conquistado por João Pedro Vaz com o filme, Os Papéis do Inglês.  No seu discurso, a filha Laura acompanhou-o ao palco, deixando a plateia fascinada e roubando as atenções. O prémio de Melhor Filme pertenceu a Banzo, de Margarida Cardoso, e foi entregue por Mariana Monteiro e José Mata. Para abrilhantar a noite, a Gala dos Globos de Ouro recebeu a atuação da banda, Trovante, com a cativante simplicidade na voz de Luís Represas.

Na categoria do Humor, o prémio de Personalidade do Ano, entregue por Júlia Palha e João Manzarra, foi recebido por Ricardo Araújo Pereira. Não pôde estar presente e, por isso, subiram a palco Manuel Cardoso e Joana Marques, num discurso onde a referência aos Anjos foi inevitável.  A cantora Laura Pausini atuou também no palco do Coliseu com duas atuações marcantes.

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Na categoria de Ficção, o prémio de Melhor Atriz, apresentado por Fátima Lopes e Virgílio Castelo, foi entregue a Patrícia Tavares, pelo projeto A Herança.  Emocionada, a atriz dedicou o prémio às mulheres da sua vida, a avó, a mãe e a filha, enaltecendo que, sem uma grande equipa, não seria possível ter feito uma grande novela. O prémio de Melhor Ator, entregue por Júlia Pinheiro e Bento Rodrigues, concedeu a Ricardo Pereira, também pelo mesmo projeto, o seu segundo Globo de Ouro na categoria. O Melhor Projeto, prémio entregue por Ana Marques e João Baião, tornou vitoriosa, Irreversível, a série policial da RTP, mostrando, deste modo, a imparcialidade da estação apresentadora.

A Tia Bli, protagonizada por Vasco Pereira Coutinho, fez o momento de humor que preencheu a gala. Também uma atuação da banda, Silence 4, prestes a completar 30 anos de carreira, deu palco a um momento mais descontraído da noite. Seguiu-se o único prémio em que o público participa na decisão, a Revelação do Ano. Globo este entregue pela dupla que anda a dar que falar, o “Romeu e Julieta” dos tempos modernos, Bernardo e Teresinha, da novela A Herança, interpretados por Laura Dutra e Rui Pedro Silva, também eles uma grande revelação. A premiada foi a jovem atriz, Diana Ginja, de 12 anos, tornando-se, assim, a pessoa mais nova a receber um Globo de Ouro.

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Calum Scott entrou de novo em palco, presenteando o público com uma atuação em colaboração com Whitney Houston. No Teatro, premiou-se Custódia Galego como Melhor Atriz, com a peça, A Médica, entregando-lhe o Globo os atores Maria João Bastos e Lourenço Ortigão. O prémio de Melhor Ator, entregue por Bárbara Branco e Dânia Neto, presenteou Cristóvão Campos pela peça, Monóculo, Retrato de S. von Harden. O Melhor Espetáculo foi a A Colónia, de Marco Martins, entregue por Sofia Ribeiro e João Moleira. A categoria de Moda, protagonizada por Vanessa Giácomo e Jorge Corrula, premiou a designer, Constança Entrudo como Personalidade do Ano.

Seguiu-se um momento arrepiante e provavelmente um dos melhores momentos da noite: a memória dos que foram, mas que ficam. Na voz de Milhanas, foram homenageadas as personalidades que infelizmente partiram recentemente, com a música Silêncio e Tanta gente: um momento “de gratidão” reconhecido por Clara de Sousa.

No entretenimento, César Mourão foi mais uma vez distinguido, recebendo, por Carolina Loureiro e José Figueiras, o prémio de Personalidade do Ano. O mesmo prémio foi prestigiado na categoria de Entretenimento Digital por Soraia Chaves e Isabela Valadeiro, sendo entregue a Joana Marques, que não poupou indiretas ao duo, Anjos.

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Seguiu-se um momento de homenagem surpreendente a Herman José, que contou com um número protagonizado por Ana Bola e Maria Rueff, as suas “esposas oficiais”. Apareceu, de seguida, Joaquim Monchique também a enaltecer Herman como uma das figuras mais relevantes de Portugal. Joana Pais de Brito também participou na homenagem ao humorista. Entra, a par do seu discurso, João Baião a interpretar Serafim, Saudade, FF com Podia Acabar o mundo, e Aurea com a Canção do Beijinho, as emblemáticas canções de Herman. Todos subiram ao palco com o humorista para terminar a homenagem ao  “pai” do humor português que celebra 50 anos de carreira.

Na categoria de Música, a Melhor Canção, entregue por Carolina Patrocínio e Carolina Carvalho, premiou 2000 A.D., de Samuel Úria. A premiação de Melhor Intérprete, entregue por Andreia Rodrigues e César Mourão, foi para a cantora, Lena d’Água. A Melhor Atuação prestigiou o artista, Plutónio, pelos seus concertos no Meo Arena, mas, como não esteve presente, Conceição Lino e Liliana Campos, que iriam entregar o prémio, ficaram responsáveis de o entregar mais tarde.

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O último prémio da noite, Prémio de Mérito e Excelência, foi entregue por Francisco Pinto Balsemão a Júlio Isidro. Com 65 anos de carreira, discursou sobre a responsabilidade e o papel da televisão como interação com o público. Num discurso longo, mas cativante, reflete sobre a importância do “trabalho, muito trabalho.”

Foi uma gala em que não faltou glamour, mas, ao mesmo tempo, o enaltecimento à importância da mensagem, do trabalho e sobretudo de acreditar que há talento. Do país para o mundo, o destaque foi sobretudo para nos consciencializarmos sobre o que nos rodeia.

 

Confira aqui a lista de todos os vencedores desta noite:

CINEMA

Melhor Atriz – Joana Santos

Melhor Ator – João Pedro Vaz

Melhor Filme – “Banzo”, Margarida Cardoso

HUMOR

Personalidade do Ano – Ricardo Araújo Pereira

FICÇÃO

Melhor Atriz – Patrícia Tavares, “A Herança”

Melhor Ator – Ricardo Pereira, “A Herança”

Melhor Projeto – “Irreversível”

REVELAÇÃO DO ANO

Diana Ginja

TEATRO

Melhor Atriz – Custódia Gallego, “A Médica”

Melhor Ator – Cristóvão Campos, “Monóculo, Retrato de S. von Harden”

Melhor Espetáculo – “A Colónia”, Marco Martins

MODA

Personalidade do Ano – Constança Entrudo

ENTRETENIMENTO

Personalidade do Ano – César Mourão

Personalidade do Ano (Entretenimento Digital) – Joana Marques

MÚSICA

Melhor Canção – ‘2000 A.D.’, Samuel Úria

Melhor Intérprete – Lena d’Água

Melhor Atuação – Plutónio, Meo Arena

PRÉMIO DE MÉRITO E EXCELÊNCIA

Júlio Isidro